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quarta-feira, setembro 01, 2004

Outras Mãos (II)

“Adoro-te…”, “Amo-te…” Isto é o quê – palavras, clichés, ou sentimentos a sério?!! Juro que não entendo a rapidez com que se utilizam estas palavras. Não entendo porque se deixam sentimentos, conversas e até mãos a meio... Podiam ter deixado o ‘Adoro-te’ ou o ‘Amo-te’ a meio, mas não. Lá os enfiaram bem no meio daquele momento aonde apenas o silêncio tinha licença para existir. Agora, que a magia passou e o sol tem finalmente direito a brilhar sobre todos os gestos e sons, os enunciadores românticos acobardam-se porque a mão que outrora os travou hoje lhes exigiu o movimento contínuo do corpo…

Hoje deixei de acreditar no amor. Nessa teia de enganos e desilusões que me prende e me vomita enquanto me deito para dormir… Hoje, quando até te esqueceste de me dizer ‘Adeus’, deixei de acreditar em ti. Hoje passei a acreditar nos meus novos colegas de apartamento. Esses, pelo menos e por enquanto, fazem-me feliz e levam-me a ver o Garfield mesmo que depois na solidão do meu quarto eu mergulhe num sono que me leva para longe do acordar…


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