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quinta-feira, abril 28, 2005

J. (outra palavra para Avô)

Que resta depois de todas as cores terem sido lançadas ao mar e depois de nos terem obrigado a provar as palavras que nunca soubemos inventar?...

segunda-feira, abril 18, 2005

Made in the stars

Começo a perder a noção de que uma vez te conheci… Ainda que de vez em quando me visites, a ideia de que foste norte e sul de uma existência que achava desenhada, começa a ser mais uma nota desta música que ouço quase todos os dias, mas que não consola. Abre, isso sim, num gesto absurdo e cego, as paredes da casa que habito agora.

Sempre quis, desde que comecei a desconhecer-te, guardar a melhor imagem de ti. Talvez aquela fotografia que tiramos debaixo de toda aquela luz que nunca me dissesses de onde vinha. Um dia terei coragem de te perguntar a sua origem. Um dia terei coragem de escrever tudo sobre ti, talvez uma outra versão daquele outro texto que escrevi enquanto não sabia o peso das tuas lágrimas. Talvez nesse mesmo dia escreva um texto definitivo sobre a S. e sobre tudo o que agora (não) existe em mim, desde que me apagou do mundo, do seu mundo. Será que ela sabe o quanto sinto a sua falta. Será que tu sabes o que se passou entre mim e ela. Será que ela sabe que ainda penso em ti e na imagem que guardo de ti, imagem de luz, trazida de onde não perguntei ir, aonde não conquistei ir, aonde não me deixaram ir… Será que tu sabes que ela desistiu dos sentimentos, das cores do mundo. Será que tu sabes o mesmo e o mesmo de ti? Que som faz o coração quanto estala?

sexta-feira, abril 08, 2005

Clapham N

Não sei exactamente onde estás, mas sei onde moras… ou pelo menos para onde me levaste com a promessa de uma noite cheia de beijos e abraços, sem sexo. Sei porque tomei o metro e descobri a rua principal de C., aquele bar, a tua rua. Descobri também que me esqueceste, que não sou mais a tua conquista exótica… É assim tão fácil esquecer alguém com quem partilhamos a luz diurna e nocturna?