Shin3 !N

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sábado, março 17, 2007

convergence_2.0

a memória da tua pele não mente - I

E debaixo da minha pele surgiste tu

como se eu te tivesse esquecido ali,

por entre as memórias que resistem ao tempo, esse tempo..

e também por entre as histórias que esperam a sua vez de voltarem aos meus lábios.

A memória da pele não mente, eu sim.

Nunca sei o que fazer com os restos da tua voz

As carícias imprevistas trazem lágrimas, gritos, convulsões

Aos olhos que ainda não apagaram as imagens do último encontro

Quem dorme à noite comigo, não sabe do nosso pecado, nem da nossa felicidade

Sabe apenas que sou feliz nos intervalos da madrugada e por entre os copos vazios…

Nem o silêncio do corpo me trai, nem me entrega, nem me subtrai

Às horas que não posso devolver ao teu coração

Quem dorme à noite comigo, não sabe da tua voz, do teu beijo

Quem dorme à noite comigo, não sabe dos filhos que inventei nos ângulos da tua pele

Quem dorme à noite comigo, não sabe que eu já inventei e comi o teu nome

Quem dorme à noite comigo não sabe que a memória da tua pele não mente…

Espero-te, de olhos fechados.

Com uma mão aberta, suja e calejada, exposta ao primeiro orvalho da tua manhã,

que cai assim

convergence 1.0

terça-feira, dezembro 26, 2006

frEEdom, freeDOM

will show U
will do U
will fight U
will make U remember my name
will frEE me and my eyes
will fRee my body
will free my souL
wil free my sEx
I will overcome, overpower, over do it
will do it and deny it
will bring u hell, transform ur smell
I will be, become and some
will make u sorry
will win all victories
will do it for me and me
will do it now, no bow, now

I will be the ache that makes U fly
will do it now, no bow, now, die...

(...)

segunda-feira, dezembro 25, 2006

data de validade

Entrei numa casa fria
De portadas entreabertas
Espretei a ver se te via
As ruas estavam desertas
Os amores já terminados
São ausência, fazem mal
Não me esqueço do recado
Nem de um gesto ocasional
Ao notares que estou mais velho
Passa por mim devagar
Quando te olhares a um espelho
Também tu irás notar
Lembra-te de mim...
Os rostos p´ra quem os viu
Já não são como eram dantes
Percorro as margens de um rio
Há já séculos, há instantes
Vivo de vagas memórias
Onde te espero encontrar
São derrotas, são vitórias
Quero agora descansar
Ao notares que estou mais velho
Passa por mim devagar
Quando te olhares a um espelho
Também tu irás notar
Ao notares que estou mais velho
Passa por mim devagar
E se te olhares a um espelho
Também tu irás notar
Lembra-te de mim



JPP, Lembra-te De Mim

terça-feira, outubro 10, 2006

um texto

Há um texto por escrever, um texto que de certa forma te prometi. Este não é esse texto. Este é um outro, um outro que não pode contar com as certezas que existiam antes de me ter distraído… Antes de tudo se ter alterado. Antes de eu ter tido a oportunidade de acreditar, também eu, que os sonhos também se podem tornar realidade.

Este não é esse texto. Este não é esse texto porque esse texto não existe mais. Esfumou-se do meu pensamento e das minhas palavras antes que eu tivesse tempo de as gravar nas ondas do tempo. Não houve esse tempo para o transformar em gestos, para o ensinar a comportar-se como os meus olhos nos momentos em que conseguimos vencer-nos. Este é, por isso, o texto em que me deixo. Em que te deixo. Em que te deixo nas palavras, porque deixaste de existir nos gestos e assim não podes existir nos dias que são feitos de dias…

Este é o texto em que me escrevo, em que nos escrevo. Não para me exorcizar (isso não é possível), mas para pôr em ordem os sentimentos que sempre me controlaram. Os sentimentos que sempre ditaram a cor dos meus dias e a forma dos meus gestos e das minhas ideias. Este é o texto em quem me escrevo, e talvez, se conseguir que este seja um bom texto, este é também o texto em que nos apago. Este tempo e espaço não me chegam, desconfio, para te compreender e assim, toda a gente sabe, o amor não é possível. Este é o texto em que me escrevo.

Sei que fui um aluno rebelde, teimoso, com ideias próprias e só minhas, quase sempre em desacordo, em desalinho, de dedo no ar, menino sabe-tudo (mas também perdido!..) sem saber esperar a minha vez. A nossa vez. Talvez não tenha sabido classificar morfologicamente o que é amar ou o que é o amor ou o que são essas coisas no teu mundo, mas sempre soube que quis partilhar essa ignorância contigo e desfazê-la como se derrete a saudade com o suor das mãos apertadas…

E mesmo depois de tudo, de tudo aquilo que vivemos, de tudo aquilo que fizemos e inventamos, depois de tudo aquilo que prometemos e não conseguimos cumprir e das coisas que não vou hoje nem nunca escrever neste texto… aprendi contigo a libertar-me do amor, do meu amor, que aprendi a carregar, tal como carrego os dias que ainda não foram feitos para mim e de mim.

A minha vida nunca foi minha, sei agora disso e a tua é só tua, sempre foi só tua, apenas tua. Arrepender não posso, pois nunca te conheci o suficiente. Desistir? Desistir? Desistir, só de mim em Ti. [SILÊNCIO] O desleixo, a covardia e as promessas mataram-nos. A mim, a ti e a ti. O texto está escrito e eu sou o seu único autor.

sexta-feira, julho 21, 2006

três ideias para a memória

J.

L.

S.



p.s.: hoje não houve coragem para evitar as abreviações e creio que nunca haverá porque mais ninguém sabe fazer tempo e espaço com o pó que deixamos nas camas vazias..

quinta-feira, junho 08, 2006

peace is

peace is when i close my eyes and i become whole again..

sábado, maio 20, 2006

três ideias para Ti

"(...) I'm still

wearing

your ring (...)"





k. walsh

i will

I will remember you, will your remember me? Debaixo dos meus olhos há-de sempre haver pedaços de ti, ainda que as manhãs não tragam já o gosto das palavras que inventamos juntos.

No fim da verdade, no fim da mentira, no fim de tudo aquilo que ainda não dissemos… No fim, as palavras hão-de salvar-nos.